quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A estrofe do amor perdido




I

O amor que não lhe disse
está me entristecendo agora.
Não saiu dos meus lábios e passou ao seu lado
como uma sombra suave!

Eu não soube olhar,
não o soube sentir,
minha boca tampouco
conseguiu lho dizer ...

Perdeu-se como um canto que se fina nos lábios,
expirou como um barco que se perde no mar.

Passou como uma sombra ... Não o soube sentir ...
Não o soube sentir ... sequer o soube olhar ...

II

Silencioso amor.
Ou sino sem metal.
Silêncio. Agora estou triste.
Tarde. Lembrança. Silêncio.
Solidão.
Amor ... se eu o tivesse dito naquele entardecer ...
Mas para que o calaria? ...
Para quê?!

Pablo Neruda


Já pararam pra pensar quantas coisas perdemos por medo?
Como pode uma coisa tão boba, tão pequena, nos privar de tanta coisa?
Tantas palavras não ditas.
Tantos amores não vividos.
Tantas vidas.
Tantos sentimentos reprimidos.
Em meio a tantas perguntas eu me questiono se vale a pena arriscar?
Ouso afirmar que vale.
Pode doer?
Vai doer.
Valeu a pena!

Feliz aniversário!